terça-feira, 25 de junho de 2024

Escangalho íntimo

Homem de palavra 
não arreda reticência.
Não suporta
agouro do aço,
muito menos 
cobiça do vento.

Homem de palavra 
arquiva asfalto em pé.
Espreita
seu nome por terra.
Devaneia
as ruas em flores.

Quando tudo se acabar
-ternura fértil dos deuses-
a palavra acolherá o homem
enquanto brisa.

                                                             (junho 2024)


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Balada de Narciso

Do espelho mundo meu  redemoinho a sós. É mais belo ainda face a face adentro. Estranho tudo de fora em que aguarda a seco. Pouco seria narc...