sexta-feira, 9 de outubro de 2020

Lado esquerdo do verso

Aquele verso pulsa no 
lado esquerdo daquela 
esquina.
Quer arrancar de alguma
alucinação um sonho.
De resto, uma canção
finge-se de novo 
entre ventania e desejo.
Aquele verso que clareira
um pouco de mim,
se acolhe nos sossegos 
imperdoáveis da alma.
Simplicidade de arder em terra
por apenas um cansaço.
As liberdades estão à espreita.
O lado esquerdo pulsa forte
em delicadas gotas
de luar soberano.

                                                                                                               (outubro 2020)

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