as esperanças são descartáveis.
O que tenho um pouco
são veredas enlouquentes
dentro de uma rotina econômica.
Os sonhos estão natimortos,
orvalho recostado à janela,
olhos imponentes ao nada.
Tento ficar sozinho ante o vento,
mas consigo apenas
respostas pacientemente inúteis.
Deito-me esperando o cansaço.
Um amanhecer estará do meu lado
desdenhando pensamentos.
Afinal,
desperto entre limbos e preces
aguardando ansioso
por uma xícara reticente
de sossego.
(junho 2023)