lado esquerdo daquela
esquina.
Quer arrancar de alguma
alucinação um sonho.
De resto, uma canção
finge-se de novo
entre ventania e desejo.
Aquele verso que clareira
um pouco de mim,
se acolhe nos sossegos
imperdoáveis da alma.
Simplicidade de arder em terra
por apenas um cansaço.
As liberdades estão à espreita.
O lado esquerdo pulsa forte
em delicadas gotas
de luar soberano.
(outubro 2020)