segunda-feira, 25 de abril de 2022

De rapina

eu sou um perdido no meio
do povo.
devoto grão gargalhando o delírio.
de resto recolho meus passos
em contagem regressiva.
coleciono minutos numa noite
que não atrevo os olhos.
o escuro é breve sinfonia do 
silêncio.
o corpo se contorce
entre espinhos de vento.
tropeço nas esquinas mais
robustas que já devorei.
não sou miragem,
muito menos amor.
sou um pedaço de fim
alucinado a porções
dedilhadas.
perdido nas horas, 
no centro do povo.
no ventre da vida.
 
a comida está no forno
enquanto a esperança sorri
depressa.


                                                                  (abril 2022)

Escalada

algum céu azul, entre cacheados de brisa  e segundos florescidos, delira um brinde à esperança  enquanto espero, ansiosamente, a próxima vag...