quarta-feira, 29 de julho de 2020

Carta-poema em amores pandêmicos

Quero te contar uma coisa...
Uma coisa pequena,
atravancada em meu sussurro.
Saiba que esse amor todo,
germinado em girassóis sábios,
está esperando por nós dois
em algum lugar da calmaria.
Trancafiado dentro de meu
casulo de concreto,
desfruto a visita de uma solidão
preguiçosa,
que me oferece telas geladas
de seus olhos como prêmio
para meu contento.
Ah! Essa saudade...
Ela versa algum delírio
conversando brisas.
E você, de sentimento enorme
me abraça no virtual conforto
de nossa distância.
Eu espero te encontrar,
com um buquê repleto
de esperança,
certo de que tudo passará,
menos esse amor todo,
reinventado pelo tempo
em forma de estrela.

(julho 2020)



quinta-feira, 23 de julho de 2020

Versos de sol em liberdade

No viés de uma
nuvem perdida,
como encantamento
de sorriso ao mar,
espera-se um poema.
Alguma cantiga
redescobre um lírio,
colhido de abraços,
que atrai alguma estrela
para o conforto do
eterno.
Uma palavra se espalha
em ventania.
Sopro de sol
reverencia um
alvorecer.
O poema se constrói
ternura,
entre pássaro
e pensamentos,
desvelando o jardim
que renasce
nas cirandas vívidas
de liberdade.

(julho 2020)


quarta-feira, 15 de julho de 2020

Pausa para um café


No semblante sisudo de
uma manhã apressada,
encontro um olhar
esverdeado-mar que me convida
ao requinte das brisas.
Tento decifrar daquele
raio sorridente qualquer
destino em matéria ou
esperança.
A conversa matinal se espalha
feito canção pelas esquinas.
Pequena felicidade arquitetada
por simples gestos emoldurados
em libertação.
Daquele encontro,
a pausa para um café,
adocicado em mar-olhos
delicados,
fez-se necessária,
para que uma pequena eternidade
possa ser construída
a partir daquele acaso,
entre versos e horizontes.

(julho 2020)

Escalada

algum céu azul, entre cacheados de brisa  e segundos florescidos, delira um brinde à esperança  enquanto espero, ansiosamente, a próxima vag...