Espero a janela se abrir
no alto de um sol.
As ruas bastam-se
ao vai e vem
de sons bastardos.
Tenho que lapidar as mãos
com água e silêncio.
Tudo que me abriga
parece ser suficiente.
Transpiro alguma farsa.
Respiro certas verdades.
O espelho quebra-se
por sentimentos turvos.
Eu não sou mais o mesmo
desde sempre.
( novembro 2023)