Quando eu atravessar o mar
de azul, vermelho e branco,
minha escola em surdo e bossa,
alegria a ponto de verso,
risca avenida entre os amanhãs
que revelam a beleza numa
alvorada plena de domingo.
E, da leveza de seus olhos,
o pavilhão se transborda estrela
em cada colorido que se impera
sorriso,
em cada rua que batuca a saudade
no peito.
De azul, vermelho e branco,
o coração não cabe dentro
do repique.
No bailar da minha escola
que pulsa lá no Cacuia,
o samba renasce esquinas,
como União aflorada em destino,
ao atravessar,
por mais uma vez,
a imensidão do mar.
(março 2023)