feito de visgo e blefe.
De vento rude,
me reinvento dúbio,
velando o tempo
que me basta chuva.
Meu verso brinca a areia
por castiçais de véu e lona.
Em passos breves,
maré se desfaz calma,
trovejando o verbo
que se move vulto.
Há um barco repleto
de alguma novidade.
De longe,
vejo esquinas que
me beijam o rosto.
Não existe mais nenhum
acaso a nossa espera.
Minha poesia fede a peixe.
(março 2023)
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