Os véus ventam.
Dançam o branco-vinho
em espirais sonolentos.
Olhos em transe
respiram no arder
do tempo.
Os véus se tocam
Os véus eternecem.
Do céu abrem-se
estrelas que
conduzem
sussurros.
Os véus se beijam
entre as esquinas
dos versos,
enquanto eternos
passeiam em
sua impiedosa
sinfonia.
(maio 2022)