cuidadosamente,
em meio a uma deliciosa
mágoa de destinos.
Tento ser absolutamente
ríspido com meu deleite
de saborear o vazio.
Nada me apetece ao sabor
da aorta pulsando
pelos dedos,
pelos pecados,
pelos poderes por mim
enterrados.
Tenho aquele gargalhar medíocre
entranhando os ouvidos
entupidos de ócio.
Sinto o cheiro do passado
roçando o rosto em mim.
Absorvo o vento pardo
que insiste em abraçar
angústias.
Aquela artimanha que desconforta
meu tempo,
desliza suavemente sobre
parasitas luxuosos,
enlatados dentro de um
anoitecer embriagado.
(maio 2022)
Nenhum comentário:
Postar um comentário