Como nós em resistência,
por tranças bem entrelaçadas
em nós,
sobrevivemos.
Entrelaços que ecoam um grito,
um riso discreto,
alguma esperança escondida.
Resistência em nós
por tranças firmes,
nos passos longos,
em canções de igualdade,
nos torrões de ternura.
As mãos erguem-se
pela lágrima ancestral
que conforta o murmurar
de estrelas.
Nós fincaremos resistência
em tranças bordadas por nós,
como se aquele amanhã
despertasse inquieto,
para renascermos assim rocha
enquanto os dias alvorecem
uma solitária flor.
(maio 2022)
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