terça-feira, 25 de junho de 2024

Bastardo

Fiz um poema ao rigor da noite
onde estrelas maldizem destinos.
Os versos são mais ou menos
cegueiras a gotas.
As mãos escrevem apenas 
o que me cabe pedra.

E vai seguindo a vida por descuido...
A agonia reciclada por conveniência.
O precipício ardendo pétala 
em fogo brando.
E as mãos apenas observam.

Da minha língua bastarda
renasce um grito de misericórdia,
que cuida de meus segundos
assim que eu chegar em casa.

                                                                (junho 2024)

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