as intenções estão repletas.
Não preciso ouvir seus méritos
de boa conduta
ou histórias de mal uso
grudadas em meus ouvidos.
Preciso de alguma liberdade
aflorada em conta-gotas.
É assim que me reconstruo
pelos precipícios alheios.
Sou aquele verso desencontrado
escorrendo pelas tormentas.
Sou possível alma que mente
olhos por sobrevivência.
Não quero degustar
o que o mundo me oferta.
Sentirei apenas fagulha,
uma simples fagulha,
que me fará delírio
por esquecimento.
E esse seu orgulho intacto,
rogado entre preces fúteis,
estará engasgado nesse recado,
guardado num
pedaço de papel
amarelado
e esquecido num destino
cozido em fogo-fátuo.
(agosto 2020)
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