sábado, 29 de agosto de 2020

Obscuro

como se fosse deus em templo
rosas entre barris de certezas,
não me sobra alguma festa que
me farta
em algum lugar abstrato 
a ser veleiro.

como se bastasse a mim fé
consequências inviáveis
em meus olhos,
dentro de cada dia há
aquele tempo esquecido
nos cantos empoeirados
de uma luz opaca.

espero em algum absurdo 
por mar aberto,
descanso sentenciado
no contento de minha
vertiginosa sombra.

                                                  (agosto 2020)

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Na medida do possível

sou poeta de fino trato com pompa, circunstâncias e dores nos cotovelos.  assim cato meus versos  na carne mais sórdida, na pedra mais ríspi...