Queria escrever um poema de amor
daqueles em que o coração pulsa
renascido entre infinitos
e eternos.
Queria construir versos de olhos entrelaçados,
mãos atentas,
que decorem uma palavra
inconsolável.
Mas não consigo.
Há uma canção solitária,
envolvida em meus sonhos,
onde destinos se cruzam
à distância,
onde cada céu se espanta
com pedacinhos de segredos
intermináveis.
A vida é um grande poema de amor.
Não precisa fazê-lo.
Basta recitar o sol
como forma de brindar o mundo,
nos dias em que espero
não te esquecer
entre resquícios de esperanças
frias e iludidas.
(setembro 2019)
Nenhum comentário:
Postar um comentário