sexta-feira, 5 de junho de 2020

Sonhos de valsa

A tarde se prenunciava solitária,
enquanto palavras ensaiavam 
um baile lúdico.
Reparo um sorriso imenso
que banhava o céu
por um segundo.
O acalanto do que eu não podia ver 
adornava o coração
feito orquídea.
Eis o tempo, que insistia em 
se esconder nas frestas dos
horizontes.
Não sinto nada além daquilo em que
um sussurro me oferece ao bordar
pensamentos.
Vejo alguma esperança flertando
com o decantar de valsas.
Era aquele sorriso enorme,
dourado,
que me acarinhava com seu
pequenino e vasto
alvorecer de ternura.

                                                                                                                                              (maio 2020)

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