domingo, 8 de setembro de 2024

Balada de Narciso

Do espelho mundo meu 
redemoinho a sós.
É mais belo ainda face a face
adentro.
Estranho tudo de fora em
que aguarda a seco.
Pouco seria narcisos em sol 
gratinados em silêncio.
Sou muito do mesmo,
argumento e imagem.
Sou pouco de todos,
veredas e tempo.
Basto-me coração volátil 
em seus olhos.
E inquieto sombra pelo que 
me diz cortejo.

Entre espelhos meus revogo
o mundo redemoinho.
Estilhaços de meus sonhos
afogados mar e vento 
por cantigas de mim.
                               
                                (setembro 2024)



Um comentário:

  1. Quem dera se espelhos refletissem nossos dentro cacos... mosaicos internos ora nunca revelados, ora sempre em profusão. Te entendo...

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