angústias,
parassintaxes e afins,
guardei na cabeceira da cama.
Talvez eu seja meio estranho
- assim dizem os intactos!
Ah, que venham os pássaros
me lembrar das amizades...
Aquelas guardadas em alvenaria,
ávidas por um abraço incolor
e mudo.
Sopro de saudosismo que vem e vai
nas manhãs pelas quais
ninguém se importa.
Findam-se os anos,
as pontadas de lua,
os delírios em fim do dia.
Eu aprendi a solidão
com os olhos de veraneio,
arquivando amigos por
sorrateira revoada.
Apenas brindo a fagulha que
reverbera o sussurro de um
inquieto silêncio.
(fevereiro 2024)
às vezes me sinto assim. às vezes, não: quase sempre. em tempos de redes sociais, precisamos reaprender a palavra "amigo"... se houver uma pessoa que te coloque como prioridade, está com sorte. ah! e que se food am os intactos! fujamos para a poesia!
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