A tudo perco breve fôlego no calcanhar
dos porões.
Flores e mais flores estão encarceradas
em meu peito.
Querem dizer algo que não sei bem dizer.
Há um grito,
qualquer grito,
arranhando o breve tempo.
E eu,
pródigo por dentro e caos,
deleito de alguns segundos
num ambíguo amanhecer.
Tenho o azul do mar em meus olhos.
E destino adentro,
de repente adormeço do que me resta
pássaro e alucinação.
(abril 2023)
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