sonhos de rapina.
Gravo cada palavra como
solidão incurável.
Caminho a métrica que me
ruge pássaro.
O amanhã não renasce.
O mundo não convence.
Apenas minhas mãos
dormentes sorriem.
Quero o retrato intranquilo
das coisas infames.
O destino carrego entre
pequenas bandejas-véu.
Nossa certeza inquieta
tudo aquilo que nos ronda.
Enquanto isso,
morreremos cada minuto
de infinitos,
ainda restando pétala.
(novembro 2022)
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