sábado, 1 de janeiro de 2022

Primeiro poema do ano

As ruas bêbadas gargarejam festas.
Esquinas celebram aquela ressaca
que ainda não se conteve.
Um ruído preguiçoso refaz 
um silêncio tímido.
A vida passa.
O mundo passa.
Um passado aquieta o que 
me fez absurdo.

A noite se refaz para a 
programação normal.
Sentimentos confundem-se
na vastidão do medo.
Os primeiros versos do ano 
se perdem em segredos,
perdidos entre céus robustos,
por ilusões forjadas a pedra.

                                                  (janeiro 2022)

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