As ruas bêbadas gargarejam festas.
Esquinas celebram aquela ressaca
que ainda não se conteve.
Um ruído preguiçoso refaz
um silêncio tímido.
A vida passa.
O mundo passa.
Um passado aquieta o que
me fez absurdo.
A noite se refaz para a
programação normal.
Sentimentos confundem-se
na vastidão do medo.
Os primeiros versos do ano
se perdem em segredos,
perdidos entre céus robustos,
por ilusões forjadas a pedra.
(janeiro 2022)
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