domingo, 2 de agosto de 2020

Redenção

O coração,
que não cabe no peito,
pleno,
acolhe a felicidade
em tempos de redescobrir.
As mãos alinhadas celebram um
infinito instantâneo.
Os olhos cansados
de ternura e sonho
me dizem um segredo.
Pareço restaurar em mim
alguma novidade que
germina o tempo.
Sou o mar em seus olhos,
adornados em poesia,
como um cantar
daquele imenso céu
entre os segundos
de nós dois.
Há aquele abraço redentor
que afaga nosso destino
feito juventude.
Ah, esse coração
que não cabe no meu peito...

                                                                                                                                      (agosto 2020)

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