quinta-feira, 4 de junho de 2020

Poema dos trinta anos

Três décadas.
__A maturidade bate à porta.
__Quer um gole de juventude.
__Quer alvorecer no delírio
__das coisas mais simples.
__Devorar meu mundo na
__vertigem de cada verso.
__Quer conceber a estrada
__de meu tempo pelo suor
__de minha letra.
__em cada capítulo de vida
__que se espalha por toda
__face do infinito.
Três décadas.
__Sou maestro decantando um
__destino incondicionalmente meu.
__Sou ausência refletida nos
__contornos finos da solidão,
__no imaginar de musas
__em ventania e contemplação,
__no implacável passar das horas
__que me louva ao despertar
__das brisas.
__Torno-me imenso nas pegadas
__tracejadas do pensamento, brotadas
__em vastos recantos de estrelas.
Três décadas.
__Virá enfim o futuro, tomado
__pelos longos braços da maturidade
__que anuncia a nova era,
__reverencia a graça dos dias
__e beberá da eterna juventude.
__De pouco valem as dores,
__agonias ou sentimentos.
__O que importa é celebrar
__o mais sublime momento
__de ser um certo menino,
__um recém-nascido de apenas
__trinta anos.
(abril 2008)

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