sexta-feira, 5 de junho de 2020

Poema do encantamento anunciado

Brisas, louvor, anunciação...
É a manhã confessando
boas vindas à ternura,
passeando sonhos,
acalmando mundos,
sorrindo amores.
Talvez seja um ser alado
rompendo um breve canto
de delírio.
Ou quem sabe um verso
com a exatidão de algo
a desfolhar o vento.
O aroma doce das flores
modela um certo requinte
que há em seu contento,
resistindo nos olhos tímidos,
preenchendo a gratidão das formas.
Pois não é tal criação musa.
Sequer pode dizê-la deusa.
É apenas a feição completa do
que vive a ser sentido, estrela
ou encantamento.
(março 2008)

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