quinta-feira, 4 de junho de 2020

Neve

Pequenas mãos modelam versos
no ventre da manhã.
Veja a vida apontando branco
branca luz e nuvem.
Tímidos olhos buscam em si
crisântemos sonhadores
valsas de lirismos ornamentados
em cristais de orvalho.
Da ansiedade a flor nascem cores,
abraçando à menina lábios
sortidos de gelo.
Silencioso poema linguagem e vereda
renasce clarão de formas.
Campos multidões dizem o mundo
ardem sentidos nos versos,
ventre da manhã:
fogueira de neve.

(março 2009)

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