Céu vem dilatar minha voz cansada.
Determina-se poeira a silêncios,
chuva incrédula.
Luto por minha entranha no
resquício de todo esforço.
Sou em que trago o negrume
dos desesperos.
Do caos inflama o semblante
da gravidade.
O horror de armadilhas tristes
arranha certezas fincadas em areia.
Cortejo o vento em gotas tão surdas
que machucam e deliram.
Dessa vertigem, resta-me a agonia
despedaçada, distante.
Devoro assim a sombra infame
da desesperança abismada
em meu sossego.
Serão reclusos tempos de inverno.
(junho 2011)
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