craveja a dor feito bólido.
E eu,
diante de tubos e sinfonias hospitalares,
respiro o ar rarefeito
da solidão.
Diante de mim, a janela convida
o sacrilégio das casas lá fora
a contarem histórias.
E um prédio inquieto,
de letreiros abissais,
colocam-me no lugar devido.
Falta-me vez em quando
o gosto rústico do sal.
A água bem gelada,
de paladar liberdade,
às vezes cai bem.
O leito seis está horas ocupado.
Eu admito um tédio que me basta.
E a dor apenas brisa
por cada dia em que as escolhas
apenas se compadecem.
(fevereiro 2023)
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