quarta-feira, 4 de janeiro de 2023

Brevidade

Quando o sol gritar o mar
E eu fabricar o céu,
Admito meu deserto
como advento de
poesia.
Enfeito tua resposta,
teu medo,
tua casa.
Anseio o pretérito que
me assombra vasto.
E o ínfimo se recria
enormidade.
Dentro do peito emerge
tempestades,
escorando minha vontade
de escalar sombras.
Há dias em que serei
remorso,
Em outros,
nó partido.
Mas caberia naquele sol,
entre céu e deserto,
todo o mar rodeado
de repentina poesia.


                                                              (janeiro 2023)

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