segunda-feira, 7 de fevereiro de 2022

Pedra maracajá

Do topo daquela rocha
eis a pedra maracajá
com olhos na baía,
no azul cinzento brisando
o marulho do horizonte.
Maracajá que espera 
seu destino vasto,
seu conforto diante da ilha,
seu beijo de amor guardado
entre esconderijos certeiros.
Eis a cantiga gelada e silenciosa
daquela pedra imponente,
acolhendo embarcações 
que carregam alguma lembrança.
Do alto daquela rocha,
a pedra maracajá assiste,
pacientemente,
a baía em seu bailar inquieto,
bravio,
no alcançar pálido de
contar infinitos.


                                                                                                                    (setembro 2021)



Um comentário:

  1. Lindo poema, Jimmy! Encantada com os seus infinitos poéticos que podemos desfrutar...

    ResponderExcluir

Na medida do possível

sou poeta de fino trato com pompa, circunstâncias e dores nos cotovelos.  assim cato meus versos  na carne mais sórdida, na pedra mais ríspi...