Amanheço todos os dias
num piscar de olhos.
(a vida deveria ser mais
afável.)
O delírio está numa caixinha
de surpresas,
abraçando-se ao som do destino.
Revoluções barulham
num coração imenso:
acolhe mundo inteiro
adentro feito eterno.
Renasce uma esperança
em sessão noturna de cinema.
Experimento arte como um gole
vivo de cachaça.
O verso emoldurado no ventre
pulsa em mãos aflitas.
Escrevo o que me convém mar,
liberdade,
voz,
dentro da madrugada ardilosa
em que produzo estrelas.
(janeiro 2022)
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