sou poeta de fino trato
com pompa, circunstâncias
e dores nos cotovelos.
assim cato meus versos
na carne mais sórdida,
na pedra mais ríspida,
na brisa mais tórrida.
entre um segundo e outro,um segredo e outro,
devoro sonhos
que me bastam
os dentes
as sombras
os cascos.
sou poeta de fino trato,
estampa castra,
um delírio vértice
na medida do possível.
(junho 2025)