segunda-feira, 20 de maio de 2024

Poema torpe

A mão do homem arde 
em seu próprio sangue.
Destino escombro
que retorce enchente.
Castigo escombro
que moldura bomba.
À deriva,
o homem dança
seu delírio ou extermínio.
Sem direito a réplica.
Sem vestígio a pólvora.
E assim rumina a humanidade:
banhada em seu altar 
dourado de sombras 

A mão do homem arde  
em seu próprio sangue,
enquanto uma lágrima atroz
estende seus versos
para acalentar
alguma esperança.

                                                          (maio 2024)

quarta-feira, 8 de maio de 2024

Escalada

algum céu azul,
entre cacheados de brisa 
e segundos florescidos,
delira um brinde à esperança 
enquanto espero,
ansiosamente,
a próxima vaga
para consulta médica.

                                               (maio 2024)

Na medida do possível

sou poeta de fino trato com pompa, circunstâncias e dores nos cotovelos.  assim cato meus versos  na carne mais sórdida, na pedra mais ríspi...