terça-feira, 30 de abril de 2024

Gotas de asfalto

o vendedor grita a seco
saquinhos de bala.
carros trafegam goela abaixo
meus olhos turvos.
a vida seria mais doce talvez 
dentro o asfalto.
aquela avenida carrega sonhos 
diante entrelinhas.

o poema corrói o concreto
estômago afora. 

                                                          (abril 2024)



Na medida do possível

sou poeta de fino trato com pompa, circunstâncias e dores nos cotovelos.  assim cato meus versos  na carne mais sórdida, na pedra mais ríspi...