sexta-feira, 1 de janeiro de 2021

Decomposição

Desfaço-me em mar aberto, 
redefinindo solidões como vento alucinógeno.
Cada onda que me encontra 
em algum lugar,
serve somente para pousada de aflições.
Desabafo com um céu atônito 
na beira do mundo.
Resta a mim contar horas 
perdidas pelo cansaço.
Resta assim apenas um desabafo.
Do mar eu me liberto.
Apenas me atrevo.
Sou liberdade em decomposição.
Segredos de cada manhã
que cabem, 
pacientemente,
naquele horizonte 
tímido e adormecido.

                                                 (janeiro 2021)

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Do espelho mundo meu  redemoinho a sós. É mais belo ainda face a face adentro. Estranho tudo de fora em que aguarda a seco. Pouco seria narc...